POESIA DE ALEXANDRE FERREIRA

Aluguei esta casinha pequenina sem telhado e sem paredes... toda ela uma janela aberta ao mundo. Cada visitante que aqui vem, ao sair não se esqueça de levar o meu muito obigado, o meu abraço o meu beijo ......O meu C A R I N H O

sábado, abril 08, 2006

foto tirada da net
É no lamento que revivo
a saudade dos dias findos.
Morte aos amores esquecidos
onde fontes repugnam olhares
impunes a actos de mal amados.
Condeno a facada que no inerte
corpo vislumbro, existe sangue
nas costas do defundo que jaz!
A gargalhada entoa nas paredes
do meu cervo, rompe tímpanos
afáveis a questões amorosas que
traduz o azedo na boca da lamúria
e tu diabo! Não convences anjos
nem descrentes. De nada te serve
a recolha de gotas do desespero
é no fontanário da vida que vivo
que me alimento da desgraça alheia
impávido e sereno sigo o meu rumo
não deixando que tu morte malvada
me entraves o caminho, me julgues
fraquezas descobertas por ti, diabo.
Pobre diabo, pobre intruso, pobre mente

Autor: Alexandre Ferreira

domingo, abril 02, 2006






Lesbian

Doi saber o não ser aceite
doi na diferença de gostar
sou mulher completa sem o ser
desço rio acima, busco teu peito
busco os teus labios quando beijo
amo o femenino sou contranatura
desespero com a imagem deles
dispo-me de perconceitos, assumo
para te poder beijar amiga doce...
Mata-me, sociedade que me condena!
Mas nasci assim, sou o que sou
e nada me vai mudar. Não sou doente
caí em desgraça? até posso morrer!
Mas como sou mulher de raça, diabos
me levem se algum dia irei ceder.
Sou lesbica sim! Vá olhem bem para mim
Apontem o dedo filhos da mãe
os vosso filhos nasceram sem mácula!


Autor: Alexandre Ferreira

sábado, abril 01, 2006




Diz... pai!
Engrossa-me essa voz, sê homem...
Acordas na tua revolta gritante
Não rejeitas o vestido de tua mãe!
Não quero!
Quase ouço o grito da voz dentro de ti.
Não existes, não dormes nem acordas...
Esta voz fina é linda! porquê mudar? Perguntas tu...
Para que me obrigas a fazer o que não sou?
Porque habitas em mim? Escondo de quem?
Não gosto! Odeio-te mundo estúpido...
Emanas desgraças! És controverso...
Inclui-te nelas e sofre seu estupor.
Crias, mas não tens dó!
Liberta-te desse corpo maldito
Liberta-te, mente perversa!
Pensas mulher e tens (tomates)

Autor: Alexandre Ferreira

CITADO POR ISABEL