Eu vou fazer amor! Vem comigo

Nas veias ferve meu sangue como agulhas afiadas
Sinto os arrepios e o vermelhão de teu pulsar em mim
É a saudade no escuro da noite profunda onde dormes
Mas algures te espero, raspo-me no granulado cimento
Tento não me abstrair da realidade infernal do pensamento
Afinal nem tudo era ouro sob azul! As farpas antingiam-me
Ainda as sinto, por vezes quando em ti penso
Mas muito mais forte foi aquele sentir que me fez delirar
Aquela brisa que vinha junto com as tuas palavras de amor
Ainda entoa no meu ouvido a frase; Eu vou agora fazer amor
Vens comigo? e depois num hapice estavamos gemendo de prazer.
Hoje tudo isso é silêncio, tudo é passado. So algures no escuro
Da minha mente ainda existem as raizes do sentir que não secaram
Por tanto terem sido regadas enquanto eramos um... Éramos!
Éramos... Que palavra feia! Raspo-me mais uma vez para esquecer
Dorme bem amor perdido porque não te desejo a ninguem
Autor Alexandre Ferreira
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